7 de out. de 2011

61 anos de Peanuts!

É... Charlie Brown esteve de aniversário. No último dia 02 (último domingo) "Minduim" e sua trupe completaram 61 anos de história. Aqueles que me conhecem sabem que sou muito suspeito para falar de Peanuts, pois sou um fã extremo. No ponto mais alto da história da tirinha, ela era publicada em mais de 2600 jornais, com um número de leitores estimado em 355 milhões em 75 países, e foi traduzido para 40 línguas. Criada e desenhada até o fim, no ano de 2000, por Charles Monroe Schulz, a tirinha é quase que uma autobiografia. 

 Primeira Tirinha de Peanuts

Charlie Brown é o próprio Charles Schulz na infância, um menino cujo pai falava alemão em casa e tinha uma barbearia, assim como o pai de Charlie. Schulz tinha um cachorro chamado Spike, que inspirou o personagem Snoopy. Lucy van Pelt , com sua personalidade mandona, impaciente e sarcástica foi inspirada em Joyce, primeira mulher de Schulz. Em Peanuts, Lucy importunava Charlie Brown e adorava tirar do lugar a bola de futebol no momento em que o garoto iria chutar. Quando Joyce pediu que o marido procurasse tratamento psicológico, Schulz a ironizou por meio da tirinha, onde Lucy monta um quiosque psiquiátrico de plantão. Peppermint Patty é a prima de Schulz, Patrícia Swanson, que se comportava como um menino. E sim, houve na vida de Schulz uma garotinha ruiva. Seu nome era Donna Mae Johnson, e foi pedida em casamento por Schulz, a qual declinou.

A Garotinha Ruiva

Enfim... Schulz buscou em seus personagens uma meneira de externar suas aflições e angústias. Não consigo dizer o que torna Peanuts tão especial. Mas a satisfação é garantida para aquele que adentrar o mundo de Charlie Brown, Snoopy e toda a "gang". Schulz encerrou seus trabalhos com a tirinha no princípio de 2000, já muito debilitado, vindo a falecer 12 de fevereiro de 2000 de infarto agudo do miocárdio. "Sparky" (apelido de Schulz) também sofria com câncer e Mal de Parkinson, este último podendo ser notado em algumas de suas últimas tirinhas, pelo traço tremido. O último trabalho original foi publicado no dia 03 de janeiro de 2000, praticamente um mês antes de sua morte, e é uma carta de despedida e gratidão (abaixo).


Abaixo segue um desenho que cada vez que vejo me emociono, por saber de toda a história de Schulz e sua trupe. Como grande admirador, só posso agradecer.

"Eu acho que neste caso nós podemos abrir uma exceção, Sr. Schulz"

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